quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Análise Semanal


Segue em anexo a nota semanal da FINCOR-Sociedade Corretora, S.A., relativa à semana de 14 a 18 de Janeiro de 2013.

Principais Destaques:

·         Das palavras de Mário Draghi, na Conferência de Imprensa, após a reunião do Banco Central Europeu, o mercado retirou uma menor probabilidade de descida nas taxas de juro de referência da região nos próximos meses;
·         A Espanha emitiu pela primeira vez dívida em 2013. As Yields a 10 anos da dívida pública do país em mercado secundário terminaram a semana abaixo dos 5%. Dado o actual momento de mercado, os investidores parecem acreditar que o país já não terá que recorrer ao programa OMT (na sigla inglesa) em 2013. O Tesouro Espanhol afirmou pretender emitir um montante de dívida entre €215 a €230 mil milhões durante 2013;
·         A semana foi também positiva para o sector financeiro Europeu. Este foi suportado pelas notícias vindas do Comité de Basileia. O BES (BES PL) e o Banco Popular (POP SM) emitiram dívida em mercado durante o período;
·         Nos EUA, a American Express (AXP US) surpreendeu o mercado ao divulgar resultados antes do esperado (e em linha com as expectativas do mercado). A Alcoa (AA US) apresentou perspectivas positivas para a evolução da sua actividade em 2013;
·         No Japão foi anunciado um programa fiscal de estímulo à economia;
·         O sector bancário Português terminou a semana com ganhos impressionantes, numa semana em que o FMI publicou um relatório a sugerir reformas em várias áreas do sector público;
·         A Jerónimo Martins (JMAT PL) apresentou vendas em linha com o esperado no último trimestre de 2012;
·         JP Morgan (JPM US), Morgan Stanley (MS US), Goldman Sachs (GS US), Bank of America (BAC US), Intel (INTC US) e GE (GE US) irão apresentar resultados esta semana. Nas Europa, o Carrefour (CA FP) apresentará vendas referentes ao 4º trimestre de 2012;

 Slides:
Zona-Euro:
·         Na Zona-Euro, o desemprego atingiu um novo máximo de 11,8%. Em Espanha, o desemprego atingiu os 26,6%, contrastando com os 5,4% da Alemanha;
·         A Produção Industrial Alemã aumentou 0,2% em Novembro face a Outubro, ficando, contudo, aquém das expectativas;
·         O Indicador de sentimento empresarial do Banco de França aumentou em Dezembro, sugerindo uma estabilização na actividade industrial do país;
·         Em Espanha, as exportações continuam a ter um bom comportamento. Já as vendas das empresas que se baseiam no mercado doméstico encontram-se pressionadas, reflectindo a recessão que o país atravessa;
·         O Banco Central Europeu deixou inalterada a sua principal taxa de juro de referência em 0,75%. De acordo com Mario Draghi, nenhum dos membros do Comité de Política Monetária sugeriu um corte nas taxas de juro;
·         A taxa de poupança das famílias em Espanha atingiu os 7.0% do rendimento disponível no final do 3º Trimestre de 2012, tendo o rendimento disponível registado uma queda de 2.1% face ao mesmo período de 2011;
·         A taxa de desemprego em Portugal mantêm-se nos 16,3%. A contracção da economia e a consolidação orçamental continuam a pesar nas condições do mercado de trabalho;
·         O Governo Português deverá focar-se no corte da despesa, tendo o FMI elaborado um relatório com sugestões de actuação. Algumas normas do Orçamento de Estado para 2013 foram enviadas para o Tribunal Constitucional, que irá decidir se estas violam a Constituição Portuguesa. As receitas fiscais continuam a ficar abaixo das previsões do Governo;
·         O sector da Construção em Portugal continua em contracção. O índice do sector registou uma queda de 19,3% face ao ano anterior, no trimestre que encerrou em Novembro de 2012;
·         Os empréstimos em incumprimento em Portugal aumentaram para 10,2%, na áreas das empresas. O rácio de crédito mal parado, no segmento dos particulares, aumentou para 3.8%.

EUA:
·         O défice da Balança Comercial dos EUA aumentou em Novembro para um máximo dos últimos 7 meses, com a actividade nas exportações e importações a aumentar face a Outubro;

Resto do Mundo:
·         O Governo Japonês anunciou um pacote de 10 biliões de Iénes para estímulo à economia;
·         A inflação na China aumentou para 2,5% (taxa de variação homóloga) em Dezembro de 2012, reflectindo uma subida nos preços dos bens alimentares. A balança comercial do país viu as exportações e as importações aumentarem;

Destaques do PSI20 na Última Semana:
·         O Sector Bancário esteve em destaque pela positiva durante a última semana, com os desempenhos do BPI (BPI PL), BCP (BCP PL) e BES (BES PL). O último anunciou uma emissão de €500 milhões em Obrigações a 5 anos;
·         A Mota Engil (EGL PL) registou uma subida superior a 9% na última semana, depois do Dr. Jorge Coelho ter abandonado o cargo de CEO da empresa;
·         A Portugal Telecom (PTC PL) esteve também em destaque, depois do Banco Brasileiro do Desenvolvimento ter aprovado um empréstimo de BRL5,4 mil milhões à Oi para apoiar o seu plano de investimento da empresa.

Destaques dos Mercados na Última Semana:
·         As acções da Ford (F US) registaram uma subida de 3.2% na última semana, depois da empresa ter anunciado que irá duplicar o dividendo trimestral para $0,10 por acção;
·         A American Express (AXP US) apresentou resultados antes do esperado e um programa de reestruturação;
·         A Nokia  (NOK1V FH) apresentou resultados antes do esperado, sugerindo uma evolução para as margens operacionais bem acima do consenso do mercado.

Temas económicos desta semana:
·         Produção Industrial na Zona Euro. O PIB nas Alemanha para 2012 será também apresentado;
·         Inflação na Zona-Euro e no Reino Unido;
·         Nos EUA, deveremos estar atentos às vendas a retalho;
·         Os dados da confiança da Universidade do Michigan poderão ter sido influenciados pela decisão alcançada sobre o Fiscal Cliff, por uma queda nos preços dos combustíveis e uma evolução favorável das acções;
·         A produção industrial nos EUA e indicadores de sentimento para a indústria em duas regiões serão publicados, e ambos poderão reflectir o acordo (ainda que parcial) em torno do Fiscal Cliff;

Outros temas para esta semana:
·         O Estado espanhol realiza leilões de dívida na próxima 5ª feira, com maturidades a 2015, 2018 e 2041;
·         A Carrefour (CA FP) reporta vendas referentes ao 4º Trimestre de 2012 na próxima 5ª feira. Adicionalmente, a Burberry (BRBY LB), Rio Tinto (RIO LN) e a Metro (MEO LN) apresentam dados das vendas (produção no caso da Rio Tinto), referentes ao último trimestre de 2012;
·         Época de resultados nos EUA: JP Morgan (JPM US) e Goldman (GS US) (4ª feira), Bank of America (BAC US), Citigroup (C US) e Intel (INTC US) (5ª feira), General Electric (GE US) e a Morgan Stanley (MS US) (6ª feira);
·         Eleições no Estado alemão da Lower Saxony no próximo Domingo. Implicações para as eleições gerais a ocorrer em Setembro de 2013?
·         Ideia da Semana: Acerinox (ACX SM), reflectindo progressos na consolidação no sector europeu e uma unidade de produção na Malásia que poderá servir o mercado asiático.

O que iremos acompanhar esta semana?
Segunda-Feira:
·         Produção Industrial em Itália e na Zona Euro;
Terça-Feira:
·         Inflação e PIB na Alemanha;
·         Indicadores do sentimento na Indústria nos EUA;
Quarta-Feira:
·         Balança Comercial Itália;
·         Inflação EUA;
·         Produção Industrial EUA;
Quinta-Feira:
·         Início de Construção de Casas nos EUA;
·         Inscrições semanais nos centros de emprego nos EUA;
·         PIB na China;
Sexta-Feira:
·         Produção Industrial e vendas a retalho na China;
·         Produção Industrial no Japão;
·         Índice de Confiança da U. do Michigan;

Gráficos da Semana:
·         O Euro Dólar registou uma forte subida na 5ª e 6ª feira da semana passada. O movimento reflecte uma menor probabilidade de novos cortes nas taxas de juro por parte do Banco Central Europeu, mas poderá prejudicar a recuperação da economia que é esperada ao longo de 2013;
·         BES (BES PL) e Banco Popular (POP PL) registaram subidas, depois dos dois Bancos terem emitido obrigações durante a última semana, sugerindo que o mercado primário está progressivamente a melhorar para os bancos ibéricos;

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